domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ao meu querido ácaro

Depois de torrar no teto do busão turístico, fazer picnic nos parques, comer kilos de carne, pedalar a cidade inteira de bike e tomar litros e litros e litros de vinho, eis que fiz um novo e inédito roteiro em Curitiba. Busquei vários links fashionistas e matérias no jornal, tracei o perfil do que eu queria, joguei os endereços no google maps e pronto daí: roteiro de brechós. Lembrei de um que tinha lá em Foxtaleza, que se chamava "Meu Querido Ácaro", daí o nome do post não poder ser outro daí. Briefing do roteiro: encontrar roupas pro inverno infernal ao qual eu provavelmente não sobreviverei como todos aqui insistem em repetir, sem desembolsar todas as economias e com soluções interessantes e talvez reversíveis para os climas legais do resto do mundo. Enfim, peguei meu carro (de bike seria massa, mas eu previa um surto sacolístico), peguei Carol (minha querida amiga antropóloga que obviamente me daria motivos muito mais convincentes do que "ficou tudooo" na hora de comprar peças raríssimas) e esqueci de pegar meu anti-alérgico. Zizoguei! Logo na primeira parada percebi que não daria pra visitar todos os 6 que estavam no roteiro porque o troço era muito maior do que eu imaginava. Os vendedores/idealizadores do lugar (Fuchique) eram bem bacanas e logo depois das frases triviais de boas vindas "nossa, vc é da onde?! veio fazer o quê aqui?? ahhh, vc não vai aguentar o inverno..." nos deram uma super atenção e alguns achados. Saldo: calça de veludo, casaquinho de lã, blusa de linha e 1 espirro a cada 10 minutos. Segundo destino: Flor de Vedete. Dona e culpada pelo lugar: a Tiça. O lugar: uma garagem lindamente abarrotada de cores, texturas e ácaros. Enquanto um olho enlouquecia na arara de brechó, o outro flertava com a arara de peças novas e uma mão acariciava a mala de lenços. Daí não demorou pra minha pulsação se alterar, a vista ficar turva e a última imagem que me ficou na memória foi da Tiça correndo com uma caixinha de máscaras para proteger meu nariz. Minutos depois eu já estava irremediavelmente envolvida, enlaçada e amarrada num casaco de pêlos que, não obstante ser um escândalo, ainda me levava de volta à infantil e inesquecivel presença do meu ursinho Peposo (que tinha a Peposa? e o Peposinho? alguém se lembra disso?). Saldo: 4 peças de brechó, 1 peça "nunca antes na história desse país", 3 lenços bem puídos e 10 espirros a cada 1 minuto. Se eu comprei o casaco de pêlos? Ah não, a Carol fez uma rápida análise de tendência comprovando o desuso dos tecidos felpudos e me deu um anti-alérgico pra me acalmar. Carol, frô, se não fosse tu...

6 comentários:

  1. Ah Carlinha, bem que você poderia colocar umas fotinhos dessas roupitchas né????? Fiquei curiosa daí!

    ResponderExcluir
  2. hahahahahahahahahahaha.. poxa carlota, vamo fazer um tour vintage desse aqui em sampa. tu traz carol e o antialérgico fica por minha conta.

    ResponderExcluir
  3. ai, queria fazer isso com tuuuu! e menina, eu sempre quis um peposo, mas não tinha. então ensaiei a coreografia toda da música do ursinho pimpão do balão mágico na escola com um urso imaginário. no dia da apresentacao, me arrumaram um emprestado e o meu par não quis mais dançar com o bicho no meio. olhe... mas também, eu entendo. macho nenhum é obrigado a conviver com urso, né? bjo! flavinha

    ResponderExcluir
  4. Carlinha, confessa vai
    Você tá adorando essa estória de comprar roupa de frio, fala a verdade, tá doidinha pra usar... hehehehehe
    Beijos gata!

    ResponderExcluir
  5. Acredita que li só agora? Quero ver, TODOS os achados! bjus Frô

    ResponderExcluir